Trabalhadores da empresa pública de mensagens Correios do Brasil iniciaram uma greve por tempo indeterminado para reivindicar melhores condições, mas que, segundo seus organizadores, está tendo um amplo acompanhamento. Depois da greve dos caminhoneiros, a situação se agravou para quem já estava fazendo todos os dias o rastreamento para saber qual seria o novo dia de entrega dos correios.
Também alega que não baixem os salários do pessoal administrativo, que se cumpra o acordo coletivo de assistência médica, que se contrate novos funcionários através de concurso público, que se melhore a segurança e que se ponha fim ao plano de demissões e baixas voluntárias, entre outras medidas.
Segundo os organizadores, a greve está a ter um amplo seguimento, com exceção dos estados de Roraima (norte) e Sergipe (nordeste), cujos sindicatos maioritários não estão ligados a Fentec.
Porta-vozes do sindicato asseguraram à imprensa local que a adesão à greve no estado de São Paulo (sudeste), o mais populoso do país, está entre 70 e 75% dos trabalhadores.
O maior acompanhamento se dá na área operacional (carteiros), enquanto que no setor administrativo e nas agências de atendimento ao público, o impacto não é tão forte.
O aumento no frete para o e-coomerce
O Correios ultimamente tem sido um palco de guerras constantes, no mês de março. Este setor do comércio representa cerca de 220 milhões de pedidos para a empresa e movimentou, somente em 2018, um valor de 69 bilhões de reais.
A proposta inicial da empresa brasileira foi de um aumento médio de 8%, o que já não deu certo por conta dos protestos das empresas nas capiais. Porém, ainda de acordo com os Correios essa porcentagem poderia sofrer variações, o que aconteceria é que o comércio on-line se tornaria mais caro ao repassar valores para o consumidor.
A empresa dos Correios também está repassando os problemas que tem com a entrega das mercadorias par ao consumidor, já que em 2018 aumentou em 10% o roubo de cargas. Em reportagem feita apelo Globo, mostrou-se que a cada sete minutos uma encomenda é roubada ou furtada no estado do Rio de Janeiro, em 2017 foram registrados mais de 62 mil casos.